Bem, chegamos ao último dia em terras Ibéricas. Logo cedo terminamos nossa mala, naquele padrão tipo luta greco-romana ou coisa do tipo. Joga a mala para cá, joga para lá, dá uns golpes, senta. Você sai literalmente suado e foi assim que eu fiquei. As vezes o grande problema não é comprar, mas sim como levar. É a mesma sensação de estar com muita fome e encontrar pela frente o seu prato predileto. Não dá, não cabe tudo o que se deseja comer. O mesmo acontece com as malas, por maiores que sejam, nunca cabem tudo que desejamos levar.
Exageros à parte, quase enchemos um palete
Nesta viagem um carro de 5 lugares, se transformou em 2
Por fim de malas prontas nos despedimos do Sr. Alberto e Dona Maria que nos acolheram muito bem nestes dias em Portugal. Muito obrigado pelo carinho e dedicação que tiveram conosco.
E agora? Pé na estrada…
Saímos de Benavente em Portugal rumo ao Aeroporto de Bajaras em Madrid na Espanha.
Foram pouco mais de 5h30 e 600kms. Foi bem tranquila, estrada como sempre impecável, e só um cuidado… com as multas.
Fronteira Portugal/Espanha por Badajoz
Chegamos ao aeroporto, devolvemos o carro e começou a última parte da maratona, fazer o tax-free e o check-in.
Pergunta aqui, pergunta ali e logo achamos a Aduana local para fazer o primeiro check para o tax-free. Na verdade a operação é a seguinte:
1 – Em cada local que você comprar pergunte se há tax-free, os produtos que entrarem neste benefício o local de venda irá emitir um documento para que você entregue a aduana local. Por isso esteja sempre com o passaporte em mãos, ele é seu documento necessário para fazer todo processo. Nem todo local emite o tax-free.
2 – Pode ser perguntado se deseja receber em dinheiro ou no cartão de crédito. Tanto para um como para outro há inconvenientes. Em dinheiro você recebe na hora, mas o banco cobra uma taxa de 5% (isso no BBVA da Espanha). Se fizer pelo cartão de crédito não tem esta taxa, mas pode demorar mais para receber.
3 – Após efetuar todas as compras só no momento do embarque você vai até a aduana munido dos documentos de tax-free, passaporte e passagem. Pode ser que o fiscal peça para ver algum produto. Então cuidado, só dê entrada no tax-free daquilo que você vai trazer consigo.
4 – Depois de passar pela Aduana, você faz o check-in normalmente na companhia aérea e vai para área de embarque.
5 – Passando o serviço de imigração para saída do país você encontrará os guichês dos bancos e do tax-free. Há documentos emitidos pelas lojas que você pode ir direto ao banco e receber o dinheiro, há outros que só te dão opção de ir à um guichê específico do tax free. Vai aqui uma dica fácil, se optar receber em dinheiro vá direto ao banco e entregue todos os documentos de tax-free, o que o banco não pagar ele indicará onde receber. Uma dica importante, verifique o horário de funcionamento dos bancos para que não tenha surpresas.
Bom, com um pouco mais de din-din no bolso, fizemos um passeio no duty-free e embarcamos para o Brasil.
Conforme prometido, segue alguns números da viagem:
– Mais de 3100kms rodados
– 5 Regiões vinícolas (Castilla y Leon, Rioja, Cuenca, Almendralejo e Alentejo)
– 10 Vinícolas: Frutos Villar (Calderona, Conde de Siruela, Muruve), Ontañón, La Rioja Alta, Viña Tondonia, Finca La Estacada, Bodegas Lar de Barros, Mouchão e Herdade do Sobroso.
– Mais de 60 vinhos (se não perdi as contas) rs
– Muita Gin-tônica, esta com certeza perdi as contas
Muitos amigos e o mais importante uma experiência para levar o resto da vida.
Mais de 3100kms rodados
O guerreiro
Roteiro da viagem
Gostaria de agradecer e muito o convite do Emilio e a D´Olivino que acreditou na proposta de transformar esta viagem num documentário.
Agradeço também a todos que nos receberam na Espanha e em Portugal. Fomos muito bem recebidos.
Posteriormente publicaremos mais sobre a viagem, mas com foco maior nas vinícolas, onde teremos entrevistas e vídeos. Aguardem…
Espero que tenham gostado deste diário de Bordo que hoje chega ao fim. Termino aqui com um dito popular…
” O que é bom dura pouco ”
tin-tin
Edição: Evandro Silva / Francisco Stredel