Já pensou em ficar 4 dias provando o mesmo vinho? Será que ele resistiria? Será?
Bem, foi este o teste que resolvi fazer. Não que eu tenha planejado tudo desde o início, mas aproveitei a oportunidade. Numa segunda-feira provamos alguns vinhos e entre eles estava o Almaviva 2008.
Vinho produzido em parceria entre a Concha y Toro e Baron Philippe de Rothschild nos vinhedos de Puente Alto, ao Sul de Santiago no Chile. O Almaviva é elaborado com as castas Cabernet Sauvignon, Carmenère e Cabernet Franc. É um vinho top do Chile e reconhecido no mundo.
Voltando a nossa "experiência", vou lhes contar um pouco sobre como tudo começou. No final da prova dos vinhos, que não eram poucos para o número de pessoas, acabou sobrando. Minha idéia era prova-lo no dia seguinte, pois apesar das mais de 6 horas no decanter o vinho apresentava-se novo e potente. Cheguei em casa e sem muito ritual, coloquei a sua própria rolha e geladeira nele!
Bem, no dia seguinte resolvi prova-lo novamente como havia pensado, e não é que estava a mesma coisa, havia evoluído mas muito pouco. Isso me intrigou um pouco, pela quantidade que restou na garrafa que era pouca, a meu ver deveria ter evoluído mais. Afinal tinha muito mais oxigênio na garrafa que vinho.
No terceiro dia fiz a mesma coisa, abri o vinho e provei. Sempre a mesma quantidade, aliás bem pouco na taça. E adivinha? Estava igual ao segundo dia.
Já no quarto dia mudei um pouco o ritual, já que era a última gota que tiraria daquele néctar. Coloquei o que ainda restava na garrafa e deixei por um tempo maior na taça. Infelizmente não poderia ser muito, pois a noite estava quente. Provei-o novamente e sinceramente havia evoluído muito pouco. Continuava elegante e ao mesmo tempo potente, como um grande carro esportivo.
Foi após o ultimo gole daquela taça que eu me propus a pensar. Será que vale a experiência de abrir um vinho assim tão novo? Será?
O que eu posso dizer é que em muitos casos vale, pois se não abrisse não saberia como era; não teria vivido esta experiência e contato aqui para vocês.
Quer dividir sua experiência conosco? Escreva-nos !
tin-tin
Edição: Evandro Silva / Francisco Stredel