Quero fazer um convite a todos, mas em especial para os não apreciadores de vinho: comecem a beber vinhos. O porquê deste meu convite é bem simples. Muita gente não bebe vinho porque tem receio de entrar numa loja e comprar algo sobre o qual não entende ou porque acha que só quem entra em loja de vinhos é quem está com os bolsos recheados de dinheiro. Como eu já disse antes, o vinho é um convite aos bons momentos e estar com quem se gosta. Claro que entender sobre vinhos é muito melhor, pois fica mais fácil acertar na compra, e isso também pode ser facilmente resolvido, pois nas casas especializadas existem cursos que podem acabar com este paradigma, e que geralmente tem ambiente muito agradável. Ler um rótulo e entender o que tem dentro da garrafa é muito bom.
No mundo do vinho também temos a nossa “cerveja”. É o vinho espumante, que vai bem com quase tudo. Existem vários tipos de vinhos espumantes, como o Champagne, a Cava, o Prosecco, o Crémant, o Espumante (no Brasil), etc. Geralmente é uma bebida que pode ser servida num evento, desde o início até o fim e que costuma agradar a maioria; é o vinho mais bebido em comemorações. Os espumantes nacionais, ao contrário do que a maioria pensa, estão se tornando cada vez mais apreciados e premiados fora do Brasil. É um reconhecimento da comunidade estrangeira, que produz vinhos, da qualidade dos vinhos espumantes feitos no Brasil, tornando-se assim, mais um orgulho nacional.
Os vinhos brancos e os rosés são muito bons bem geladinhos no calor. Tem vinho de beira de piscina, vinhos de petiscos, e tem também os brancos mais gastronômicos que acompanham os mais variados pratos, e geralmente são mais encorpados. Os rosés são vinhos que quanto mais clarinho e seco, mais lembram os famosos rosés de Provence. São vinhos cheios de personalidade e visualmente muito elegantes.
Os tintos costumam ser os preferidos dos apreciadores do vinho. Como a maioria, são produzidos em vários países que distinguimos por Novo Mundo (Chile, Brasil, Argentina, EUA, África do Sul, etc.) e Velho Mundo (países da Europa). Bordeaux, na França, é a região que mais produz vinhos (com uma média de 6 milhões de hectolitros por ano) e as uvas Cabernet Sauvignon, Merlot e Cabernet Franc são as principais tintas da região. Mesmo no verão, os vinhos tintos são bem vindos, pois existem vinhos leves e aromáticos que podemos bebericar com os amigos sem ter que estar acompanhando uma refeição. Agora que o inverno se aproxima, o consumo dos tintos aumenta e os vinhos mais encorpados são os mais pedidos.
Quando pensamos em sobremesa, digestivos, ou dependendo até mesmo aperitivos, temos os famosos Vinhos do Porto, o Madeira, o Jerez, o Marsala, o Late Harvest e até mesmo o Sauternes, entre outros. O vinho do Porto, produzidos no Douro, em Portugal, dependendo do seu tipo, pode ser uma relíquia de 200 anos (sim, bebível!) ou mesmo os de base Ruby e Tawny. Este, o Jerez (Espanha), o Madeira (Ilha da Madeira) e o Marsala (Sicília), são os vinhos licorosos ou fortificados, com maior teor alcoólico. O Late Hervest ou Colheita Tardia, é o nome dado ao vinho doce que foi vinificado com uvas que foram deixadas na videira por mais tempo e colhida mais tarde em relação a época da colheita normal. O Sauternes, é o vinho doce que leva o nome da região onde é produzido. Sauternes fica a sul de Bordeaux e estes vinhos são bem mais caros pela sua tipicidade.
Agora que eu já falei um pouquinho sobre os vinhos, que tal experimentar? Se não tiver sorte no primeiro, tente o segundo. Numa loja especializada é bem mais fácil encontrar um vinho que corresponda bem a sua experiência. Não é preciso deixar de beber a cervejinha não, apenas uma sugestão para beber vinhos, o que também faz bem á saúde. E não se esqueça de apreciar mais e beber com moderação!
Saúde!
Fátima Santoro.
Matéria publicada no jornal Bairro News, Morumbi
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Edição: Evandro Silva / Francisco Stredel