Mais um dia na linda Bordeaux, hoje com chuva mas muita chuva.
Pegamos estrada logo cedo em direção a região de Cognac, são mais de 170 quilômetros de distância de onde estamos.
Muito tráfego ao passar perto das entradas da cidade de Bordeaux, mas depois o fluxo fluiu. Por um momento não me senti de férias e pensava que estava naquele trânsito de manhã no Rodoanel sentido norte.
Depois de muitos quilômetros chegamos a região de Cognac, mas especificamente Jarnac-Champagne. Buscamos a empresa de Cognac Delamain, mas descobrimos que ela não ficava ali.
Estávamos alguns bons minutos depois na cidade de Jarnac. Sim, parece estranho, mas uma fica na região de Gran Cru Champagne, que é de onde saem os Primer Crus de Cognac. Conclusão, um se chama Jarnac e outra Jarnac-Champagne, a dica para não se confundir é o CEP.
Finalmente chegamos a Delamain e fomos recebidos por Olivier Gillateau, que fez questão de nos mostrar empresa e dar uma verdadeira aula sobre elaboração de conhaques.
Nossa visita foi dividida em duas etapas, a primeira um tour pelas instalações com direito a degustar o conhaque de algumas barricas.A visita teoricamente acabaria ali, mas convidamos o Oliver para almoçar conosco em um restaurante de sua indicação. Comemos e bebemos muito!
Neste almoço onde pudemos provar o melhor dos conhaques produzido pela Delamain, O Voyager.
Voyager é um blend de safras iniciando em 1914 até 1920. E o preço desta relíquia? Cerca de 7.000 Euros a garrafa. A pequena parte que provamos deveria chegar a mais de 1000 Euros.
Conhecemos cada detalhe de um conhaque, sua história e o seu valor.
Depois de hoje vejo o conhaque com outros olhos, descobri esta paixão que passa de geração a geração para que daqui a 20, 30 ou 60 anos ou mais você possa provar uma verdadeira jóia.
Elaborar um conhaque como o que vimos é trabalho de um artesão e o conhaque sua obra de arte.
Estas garrafas ficam trancadas com duas chaves, uma delas têm o Olivier e outra o proprietário da empresa.
Podemos dizer que foi a melhor visita até aqui e para muitos a melhor que já tiveram.
Por fim, terminamos a noite comendo pães, queijos e embutidos regados a bons vinhos…
Dentre ele um Château Kirwan 1996
Santé!
Edição: Evandro Silva