“Quem não tem teto de vidro que atire a primeira pedra”
É com esta fase que eu começo este post sobre o Panorama dos Espumantes do Hemisfério Sul.
Tive a honra de ser convidado para o evento que aconteceu no dia 25 de abril, na sede da Fecomércio.
Este evento contou com a participação especial do inglês, Steven Spurrier, idealizador do Julgamento de Paris em 1976, hoje editor da revista Decanter e produtor de espumantes na Inglaterra.
Steven Spurrier, profissionais do setor e mais diretores/editores de revistas especializadas, formaram o júri.
Os vinhos foram selecionados entre método charmat e tradicional.
Foram convidados também, jornalistas, blogueiros e profissionais do setor para a degustação dos vinhos. E ai começou o problema…
Segundo a organização o intuito não era eleger o melhor, mas degustar os vinhos e comparar, por isso, a nota ou opinião dos convidados não seria utilizada.
Os únicos comentários que se ouviam no café, era de que não concordavam com os vinhos “oxidados” (no sentido ruim e não evoluídos). Aliás o termo usado pelos jurados era: “oxidativo”.
“Este vinho está oxidativo”. ?
Outro comentário era o critério de escolha dos vinhos pelo método charmat, de resto era só tietagem ao Spurrier.
Já no intervalo do almoço, a questão era sobre a composição da bancada do jurí. Eu particularmente senti a ausência dos dois maiores mestres de espumantes no país: Alejandro Cardozo e Carlos Abarzúa.
Sinceramente, muitos nem iriam se dar por conta de reclamar se não fossem os comentários da editora de vinhos do jornal O Globo.
Claro que também o Mr. Spurrier, não ajudou muito com algumas frases, como esta:
“Vocês não precisam beber champanhe no Brasil. Vocês têm o seu espumante.”
Bom, para alguns isso foi um elogio, na minha opinião, um tapa na cara.
Por fim, malhar o Judas é fácil, depois que já aplicaram o primeiro golpe.
Agradeço ao IBRAVIN pelo convite!
Edição: Evandro Silva