Vinho, crianças e a sinceridade…

Certo dia como de costume recebo a visita do meu sobrinho de 7 anos. Entre os desenhos, filmes e videogame surge uma pergunta:
“Tio, você tem uma coleção de tampa? Nossa você bebeu tudo isso?”
Respondi que eram rolhas de vinhos e que havia bebido o que estava ali.
Não contente, pediu para ver o que tinha dentro da adega, ai que surge outra pergunta:
“Você tem uma coleção de garrafa?”
Ou seja, o interessante aqui não é o conteúdo, preço e etc. O que importou para ele foram as garrafas.
Claro, eu no meu ego e esquecendo que ali tinha uma criança expliquei que não eram simples garrafas e sim vinhos.
Neste momento foi a deixa e tentei explicar-lhe mais sobre o vinho.
Peguei uma taça e perguntei: O que é isso?
Sem titubear ele me responde:
“É um copo de vidro caro para quem não quer de plástico”
Neste momento me derrubou, vi que qualquer tentativa de prosseguir o assunto seria em vão.
Mas de tudo isso aprendi uma lição.
Não importa o preço, rótulo, produtor, história e etc. O que se vê é apenas uma garrafa com um líquido dentro.
Já paramos para pensar e ver que isso acontece com a grande maioria de quem não vive neste mundo do vinho?
Então a grande maioria do consumidor final é assim, uma “criança” que fala o que sempre independente de um rótulo.
Cabe a nós respeitar e ver que como uma criança vai crescer, desenvolver e decidir o que quer!

tin-tin

Edição: Evandro Silva

3 comentários sobre “Vinho, crianças e a sinceridade…

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