Diário de Bordo Itália 4o dia – Vinitaly segundo dia

Começamos o dia de feira provando espumantes no pavilhão Trentino. Provamos Astoria, Ferrari e alguns que não conhecia, mas surpreenderam.
Na Astoria destaco o 9.5 Brut, que foi medalha de ouro da Vinitaly do ano passado. Este vinho é leve, delicado e ao mesmo tempo muito refrescante. Ótimo para uma festa! Depois provamos o ´010 Prosecco Superiore Extra Dry, como a versão ´007 é tão bom quanto. O Muller Thurgau 2010 se mostrou um bom espumante, boa perlage, acidez, mas nada surpreendente na minha opinião. Já o Casa Vittorino Prosecco Superiore Brut Millesimato 2010, este sim surpreende. É leve, muito elegante, boa acidez e bem refrescante. Arrisco dizer que dentre eles é o melhor!

A nossa surpresa boa no pavilhão Trentino foram os espumantes da Cesarini Sforza. Provamos o rosé, Brut 2006 e o Extra Brut 2004. Todos muito bons. Boa qualidade de perlage, acidez, fruta e refrescante como deve ser um bom espumante.


Depois fomos provar Amarone, entre eles do produtor Brunelli. O Amarone Campo del Titari Riserva 2006, é um belo representante. Equilibrado, intenso, muito elegante, com notas de frutas vermelhas e baunilha. Passa 36 meses em barricas e 8 em garrafa. É produzido com as castas Corvina Veronese (60%), Rondinella (30%) e Sangiovese (10%).  Outro vinho que gostei muito deste produtor foi o Amarone Campor Inferi Riserva 2005. Usa as 2 primeiras castas do vinho anterior em proporções diferentes, mudando apenas a última para Corvinone. Este vinho é menos intenso que o anterior, mas mantém a elegância e ainda traz notas de chocolate.

Degustando aqui, degustando ali, eis que fomos apresentados ao casal Paola e Vittorino, proprietários da Azienda Vinícola Costa Olmo. Posso dizer que os dois são uma simpatia em pessoa. Muito atenciosos nos explicaram com detalhes cada passo do cuidado que tem com a terra e a produção do seu vinho. Seu Vittorino, um apaixonado pelas terras brasileiras diz que sua Itália tem muita história, mas o Brasil tem mais que isso, tem a natureza e a alegria do povo.
E foi sobre a natureza e o que a terra pode nos dar, o tema de boa parte da conversa. Ele mesmo diz que a terra lhe dá tudo e cabe a ele saber cuidar e colher no momento certo. Ele ainda afirma que existem 2 tipos de vinhos, aqueles produzidos na Vinícola e aqueles feitos no terroir. Ele se intitula como o segundo tipo.
Provamos 3 vinhos do Sr Vittorino: a Paola Chardonnay, com uma presença marcante de mel e um leva adocicado. Gostei muito deste vinho!
O segundo foi o La Madrina Barbera D´Asti, este então é um belo vinho. Fácil de beber, leve, boa estrutura e traz notas de frutas vermelhas.
Quando pensávamos que havíamos provado o que de melhor seu Vittorino produzia, eis que vem o melhor de todos, o Costa Olmo Barbera D´Asti Superiore. Traz todas as características do primeiro, acrescentando mais corpo e elegância.


Se pensaram que o dia terminou por ai… nãooooo!
Fomos ao stand da Nuove Realtà e assistimos uma apresentação sobre o Piemonte, suas características de solo, clima e etc.
Depois claro partimos para os vinhos. Vou começar falando pelo último vinho, um Moscato D´Asti. Você já provou um vinho sem saber qual é e sentiu o próprio gosto da fruta na boca? Era como se eu estivesse mordendo uma uva moscatel e o sumo percorrendo minha boca. Este é o Moscato D´Asti La Bruciata, do produtor Oscar Bosio.
Bom, voltando aos vinhos anteriores me impressionaram bastante os vinhos :
Luigi Voghera Barbaresco 2005 e o Luigi Voghera Barbaresco Basarin 2006, ambos muito bons. O segundo gostei mais por apresentar um pouco mais de corpo e tanino.
De olho fechado, os dois são ótimos representantes Barbaresco.
Agora para fechar com chave de outro foi o Barolo 2005 Vigna Franchin, produzido pela Azienda Agricola Manzone. Uma palavra, magnífico! Este vinho realmente
mudou um pouco o meu conceito sobre o Barolo. Após provar alguns, incluindo uma harmonização de Brassato ao Barolo, eu cheguei a conclusão que é um tipo de vinho que você deve comprar velho ou esperar muito tempo. Mas este vinho mudou um pouco este conceito e me fez voltar a querer provar Barolo novamente.
Aberto à apenas 1 hora, estava elegante, tranquilo e muito diferente daquilo que já provei como Barolo, sempre se mostravam como um animal selvagem e indomável!!!

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tin-tin


Edição: Evandro Silva / Francisco Stredel

2 comentários sobre “Diário de Bordo Itália 4o dia – Vinitaly segundo dia

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