Fui conferir de perto os encantos desta região
Sabe, quando entrei neste mundo do vinho e isso não faz muito tempo já havia visitado o Chile. Fui no conhecimento de “turis-enófilo”, ou seja, um turista metido a conhecedor de vinhos. Claro, você vai logo atrás das vinícolas TOPs, que produzem vinhos para o mundo todo, são milhões de garrafas por ano. Saí dali já me achando “o conhecedor”, afinal havia visitado uma grande vinícola no Chile, o nome, isso não vem ao caso, muitos já devem saber.
O fato é que depois de conhecer um pouco mais de vinhos e sair do “turis-enófilo”, passando para um curioso e apreciador de vinhos, fui visitar as vinícolas do Sul (assunto para outro post). Conheci de pequenos a grandes produtores, mas como diz aquele “chato” do programa de TV ….
“Esta ainda não é a minha região de vinhos”
Por fim, consegui me planejar e realizar um sonho recente, conhecer a região que na minha opinião faz os melhores tintos do mundo, a Borgonha.
Borgonha, é uma das principais regiões produtoras de vinhos da França e do mundo. Fica à nordeste do país, com uma área de 250kms desde o norte de Chablis ao Sul de Mâcon. Pinot Noir, é a uva rainha dos grandes vinhos tintos que faz os famosos Gran Crus e 1er Crus. A Chardonnay é a uva dos grandes vinhos brancos da Borgonha, sendo produzidos em regiões como Chablis e Pouligny-Montrachet.
Tem como suas principais regiões : Chablis, Côte de Nuits, Cotê de Beaue, Chalonnaise e Macônnais.
Ao todo são em torno de 300 produtores na região, fazendo seus vinhos de forma honesta, e mantendo a tradição de várias gerações.
Voltando a viagem, mês passado, mas precisamente agosto reservei 3 dias dos 12 que ficaria na Europa para conhecer a região. Nada de pacote, entrei na internet fui reservando vôos, hotéis e me aventurei.
A cidade escolhida foi Dijon, na verdade o hotel fica em Marsannay, uma das áreas produtoras e na rota dos Gran Crus. A viagem desde Paris é longa, são mais de 300kms. As estradas são muito boas, dá para ir de carro tranquilamente. Chegando em Marsannay, o lugar é muito bonito, ruas estreitas e vinhedos no quintal de casa. Qualquer pedacinho de terra por menor que seja, tem uma videira.
Sabe, me deu vontade de ter uma casinha daquelas, fazer meu vinho e degustar longe do estresse da cidade grande.
Como cheguei já estava anoitecendo, não fui fazer nenhuma visita, mas para não perder tempo dei um pulo no supermercado ao lado do hotel só para bisbilhotar os preços. Achei Fixin 1er Cru por 23 euros, para nós no Brasil, uma pechincha! Fui dormir sem acreditar muito que estava ali, era um sonho. Estava muito ansioso pelo dia seguinte, pois começaria a minha aventura no berço da Pinot Noir, mas isso contarei num próximo post ….
Edição: Evandro S.Silva
Evandro, muito legal o seu post – uma das coisas que eu mais gosto deste “mundo” que os amantes de vinho tanto gostam, que por consequência leva a turismo e gastronomia, é esta “mania” que se tem de compartilhar as boas experiências…
Também estive na Borgonha e, dentre as que conheço, foi a região que mais me impressionou; também tentei colocar num blog estas impressões, se tiver a curiosidade de dar uma olhadinha, envio abaixo alguns links:
http://www.conservadonovinho.blogspot.com.br/2011/12/beaune-dia-1.html
http://www.conservadonovinho.blogspot.com.br/2012/04/beaune-dia-2-parte-1.html
http://www.conservadonovinho.blogspot.com.br/2012/05/beaune-dia-2-o-dia-doc-parte-2.html
http://www.conservadonovinho.blogspot.com.br/2012/06/borgonha-visita-bouchard-pere-et-fils.html
E continue nos brindando com o material da sua confraria, nós novatos agradecemos!
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