Fui convidado recentemente para um almoço organizado pela Wines of Argentina, recebido pelo amigo André “Déco” Rossi representante da entidade no Brasil. Muitos amigos blogueiros e jornalistas estiveram na Vinheria Percussi em Pinheiros, São Paulo. Com um desafio de harmonizar vinhos de verão argentinos, a chef Silvia Percussi cumpriu com maestria esta tarefa. Desde a entrada, prato principal e sobremesa tudo estava perfeito.
Outro grande desafio e o maior deles estava a cargo de Deco Rossi, pois queria mostrar que a Argentina tem muitas coisas além do Malbec e que podem sim, cair bem para o nosso verão brasileiro.
A tarefa não seria das mais fáceis, todos estavam esperando o que ele teria para nós.
Logo na recepção de boas vindas surpreendeu com um espumante Kaiken, uma delícia! Elaborado com 70% Pinot Noir e 30% Chardonnay e passa 2 anos em garrafa. É um espumante que enche a boca, tem bom corpo e mostra-se muito refrescante. Posso dizer que me surpreendi, pois quebrou meu paradigma para espumantes sulamericanos fora do Brasil. Este seguramente quero provar mais uma vez.
Em seguida foi servido o Colomé Torrontes, um vinho bem frutado, mas para o maracujá e calda de abacaxi.
O terceiro vinho um Zuccardi Serie A Chardonnay 2011, muito bom! Um vinho fresco, sem muita madeira, pouca fruta e flor. A harmonização com a massa foi perfeita. Este vinho foi elaborado com 75% Chardonnay e 25% Viognier.
O quarto vinho um Reserva Fin del Mundo Pinot Noir 2010. Vinho que estagiou 12 meses em barricas de carvalho francês e americana, traz notas de caramelo, café, xarope e mentol. Na boca é bem leve e com notas marcantes de mentol.
O penúltimo vinho do almoço um Passo Doble 2009. Elaborado com 70% Malbec e 30% Corvina passificada, esteve 9 meses estagiando em barricas de carvalho. Traz notas de caramelo, fruta seca e fruta negra mais presente na boca.
Para fechar com chave de ouro o Late Harvest Torrontes 2010 da Susana Balbo. Foi uma harmonização mais que perfeita com a sobremesa um Tortino fondente al dolce di latte. Um verdadeiro pecado!
Posso concluir que foi uma bela experiência, provar outras castas que não a Malbec e harmonizando com pratos, foi sensacional! Isso abre a mente, te faz pensar que você não precisa só pedir um vinho argentino numa churrascaria, pode-se provar em outros restaurantes e com outros pratos também.
Não vejo a hora de provar novamente o espumante Kaiken, não sei se irei harmonizar, quero apenas dele me enamorar!
tin-tin
Edição: Evandro Silva