Caros leitores, estava um dia na casa dos meus pais quando lá encontro uma garrafa perdida! Sim, estava entocada num móvel junto com outras bebidas numa caixa, abri e quando li o rótulo a surpresa! Um espumante Blanc de Blancs, ou seja, feito somente de uvas brancas, neste caso a Macabeu e Xarello. Estava lá há um bom tempo esquecido. Não resisti, pedi a garrafa e trouxe para casa. Deixei alguns dias descansando na adega, depois levei a geladeira e liguei para o Emilio da Portal dos Vinhos e propus um desafio. Chegou a minha hora da “vingança” rsrsrs Levei a garrafa numa embalagem de neoprene e pedi para que servisse sem que pudéssemos ver o rótulo ou qualquer parte da garrafa que pudesse identificá-la. Ah, aliás conosco estava também o nosso amigo Fernando Gataz. Degustamos o espumante e as primeiras opiniões foram surgindo… “Oh, parece um Champagne mas já envelhecido” “muito bom” … e por ai foi. Confesso que gostei também, me fez lembrar uma Veuve Cliquot que bebi no encontro de casais da confraria no final de 2009, lá no La Marie. Tinha boa acidez, perlagem elegante mas com pouca persistência. Estava ótima na boca, principalmente para quem gosta de uma bebida mais velhinha. Por fim, resolvi abrir e desvendar o mistério. Na verdade não era um Champagne, mas sim um espumante feito na frança pelo método tradicional, o mesmo usado na região de Champagne. Produzido na região de Languedoc-Roussillon por um dos principais grupos produtores de vinhos e bebidas na França desde 1979, Les Grands Chais de France.
Me parece ser um espumante simples, mas o seu “envelhecimento” o deixou bem melhor. Não tenho idéia de quanto tempo estava na casa dos meus pais, uma pena. O bom é que ainda conseguimos bebê-lo e aproveitar o que ainda tinha a oferecer…
tin-tin
Edição: Evandro Silva / Francisco Stredel
Fonte: http://www.gcfplanet.com/en/Les-Grands-Chais-de-France-46.html